A estrutura das valvas do coração humano pode ser danificada em alguns casos de doenças. Por isso, há anos têm sido desenvolvidos procedimentos para substituir a valva doente por uma funcional.
A primeira tentativa foi o uso de próteses feitas com material sintético (prótese mecânica). Nesse caso, o grande problema é a alta incidência de formação de coágulos sanguíneos, com risco de trombose.
Também foram desenvolvidas as próteses biológicas a partir de tecidos de outros animais, como o boi e suíno (próteses heterólogas).
Outra tentativa é a operação ‘Ross’, nela é realizado um auto-enxerto, em que é substituída a valva aórtica doente pela valva pulmonar do próprio paciente (prótese autóloga) e faz-se um homoenxerto no lugar da valva pulmonar, ou seja, implanta-se a valva de um doador humano.
A técnica mais atual é a engenharia de tecidos cardíacos. Nessa técnica, as células da valva de um doador são retiradas (descelularização), ficando apenas a matriz extracelular, essa estrutura (matriz sem célula) é então implantada no paciente. Aos poucos ocorre naturalmente a ‘repopulação’ da estrutura por células do próprio paciente. Porém essa ‘repopulação não é suficiente e por isso há necessidade de ‘repopular’ artificialmente com células do paciente, multiplicadas em laboratório. Os resultados desse procedimento mostram que estas células foram inertes do ponto de vista imunológico.
Ciência Hoje, vol. 40, Agosto 2007 [Adapt.].
Com base no texto e em seus conhecimentos, é INCORRETO afirmar que