Questão
Simulado ENEM
2020
Fase Única
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Uma exposição em cartaz no Museu de Artes e Indústrias de Hamburgo, na Alemanha, inova ao abordar tatuagens como obras de arte.

“Nossa pele é uma dádiva, é um tipo especial de tela”, afirma Susanna Kumschick, antropóloga suíça que fez a curadoria da mostra. Ela conta que foi motivada a realizar a exibição pela necessidade de olhar para corpos pintados de um novo ângulo.

“Na antropologia, a tatuagem é um grande assunto, porque é observada em tantas culturas e tradições. Mas comecei a pesquisar e percebi que ela nunca tinha sido abordada em museus de arte ou design, apenas em museus de história e civilização”, conta.

Segundo Kumschick, a volta do interesse do público e das organizações culturais pelas tatuagens é em parte explicada pela arte que explora a imagem corporal. A autora destaca a obra da artista performática austríaca Valie Export: “Em 1970, ela tatuou uma cinta-liga em sua perna, ao ar livre, durante uma performance. Foi uma das primeiras mulheres a criticar a maneira como as pessoas olham para o corpo feminino”, explica a curadora.

(Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/03/150324_vert_cul_exposicao _tatuagens_ml> Acesso em 16 jun. 2020)

Segundo o texto, a tatuagem e a arte corporal de modo geral podem ser compreendidas a partir de
A
um olhar europeu, que olha para outras sociedades a partir de uma perspectiva da colonização ou exotização.
B
uma perspectiva histórica e etnográfica, olhando para as diversas expressões que usam o corpo como suporte.
C
uma ideia de que o trabalho usando o corpo como suporte é sempre ligado ao processo de feitura da obra, não só o resultado final.
D
uma noção de que não se pode compreender as tatuagens ou demais modos de pintura corporal como passíveis de exposição.
E
um ideal feminista de arte, que coloca a mulher no centro da produção artística e cultural no campo da arte corporal.