a) Associar as curvas (x, y, z) aos alimentos e justificar

Ideia-chave: açúcares fermentam → formam ácidos → baixam o pH da saliva.

Quanto menor e por mais tempo ficar o pH, maior a dissolução da hidroxiapatita

Em meio ácido, OH⁻ e PO₄³⁻ são consumidos (protonação a HPO₄²⁻, H₂PO⁴⁻), deslocando o equilíbrio para a dissolução do esmalte.

A ordem de prejuízo dada pelo enunciado é: cana > frutas > mel.

Logo, a curva do gráfico com pH mais baixo por mais tempo representa cana; a seguinte, frutas; a que sofre menor queda e se recupera mais rápido, mel.

Observando o gráfico:

z é a curva mais ácida e por mais tempo → cana;

y fica intermédia → frutas;

x cai menos e se recupera antes → mel.

Tabela final:

x → mel

y → frutas

z → cana

Por quê? Porque o perfil de pH (profundidade e duração da queda) acompanha exatamente a ordem de agressividade indicada.

b) Por que o flúor protege? Relacione com as equações e os Kps

Dissoluções:

Argumentos:

1. Menor solubilidade: Kps₂ < Kps₁. A fluoroapatita é menos solúvel que a hidroxiapatita; logo, o sólido contendo F⁻ é mais estável e se dissolve menos — maior resistência à desmineralização em meios ácidos.

2. Formação/remineralização dirigida pelo equilíbrio: na presença de F⁻ e Ca²⁺/PO₄³⁻ da saliva:

Como o produto sólido tem Kps menor, o equilíbrio tende a formar fluoroapatita, consumindo íons da solução e reduzindo a dissolução líquida do esmalte (efeito de comum-íon/precipitação).

3. Ambiente ácido: quando o pH cai, OH⁻ é consumido; ainda assim, a menor solubilidade da fluoroapatita faz com que ela se mantenha mais íntegra que a hidroxiapatita. Além disso, a conversão para fluoroapatita é favorecida porque retirar Ca²⁺ e PO₄³⁻ da solução (precipitando) ajuda a frear a dissolução.

Conclusão: o uso de água/cremes com flúor favorece a formação de fluoroapatita, que tem Kps menor (logo, mais difícil de dissolver), tornando o esmalte mais resistente ao ataque ácido e à cárie.