A fermosura desta fresca serra,
e a sombra dos verdes castanheiros,
o manso caminhar destes ribeiros,
donde toda a tristeza se desterra;
o rouco som do mar, a estranha terra,
o esconder do sol pelos outeiros,
o recolher dos gados derradeiros,
das nuvens pelo ar a branca guerra;
enfim, tudo o que a rara natureza
com tanta variedade nos of’rece,
me está (se não te vejo) magoando.
Sem ti, tudo me enoja e me aborrece;
sem ti, perpetuamente estou passando
nas mores alegrias, mor tristeza.
Luís de Camões, Sonetos
Assinale a alternativa que tem uma informação não encontrada no texto de Luís Vaz de Camões.