Na ficção de Guimarães Rosa, cuja primeira virtude é chamar o leitor para uma espécie de gramática de uma nova língua, o cenário privilegiado é o de um amplo sertão brasileiro, entendido ainda como espaço simbólico. E o autor teve olhos também para o nascimento de Brasília, num conto de Primeiras estórias. Entre o tempo arcaico e o tempo do futuro, entre “a roça e o elevador”, para lembrar uma imagem de Carlos Drummond de Andrade, Rosa escolheu a ambos: linguagem de novíssima arquitetura, temas que remontam ao regionalismo primitivo, povoado de coronéis e jagunços.
(Aristides Valerim, inédito)
Por gramática de uma nova língua deve-se entender que, de fato, Guimarães Rosa