A filosofia não desempenhou grande papel na cultura romana, salvo o estoicismo, que era admirado pelos romanos por sua ênfase na conduta virtuosa e no cumprimento dos deveres. A tradição filosófica mais ampla estabelecida pelos gregos clássicos ficou, portanto, marginalizada sob o Império Romano. A filosofia continuou a ser ensinada em Atenas, mas sua influência diminuiu e nenhum filósofo de relevo surgiu até Plotino, no século III, que fundou uma importante escola neoplatônica. Durante o primeiro milênio da era cristã, a influência romana também diminuiu política e culturalmente. O cristianismo foi assimilado e, depois da queda do Império no século V, a Igreja tornou-se a autoridade dominante na Europa Ocidental, permanecendo assim por quase mil anos. A noção grega de filosofia como uma investigação racional independente de doutrinas religiosas foi contida com a ascensão do cristianismo. As questões sobre a natureza do universo e o que constitui uma vida virtuosa, acreditava-se, deveriam ser respondidas pelas Escrituras¹: não eram considerados temas para discussão filosófica.
(O livro da filosofia, 2011. Adaptado.)
¹Escrituras: as escrituras sagradas, a Bíblia.
“As questões sobre a natureza do universo e o que constitui a vida virtuosa, acreditava-se, deveriam ser respondidas pelas Escrituras”
Assinale a alternativa que expressa, na voz ativa, o conteúdo dessa oração.