No final de sua vida, Francis Bacon escreveu um livro que recebeu o título de Nova Atlântida. A obra, de certa forma, pode ser classificada como um texto que fala sobre “ciência e utopia”.
Em uma passagem, Bacon afirma:
As leis da natureza são Tuas próprias leis, e não as modificas a não ser por um grande motivo, nós humildemente Te suplicamos favorecer este grande sinal, e nos dar a interpretação e o seu uso por misericórdia; o que, em parte, tacitamente prometeste enviar-nos.
(Adaptado de: BACON, F. Nova Atlântida. São Paulo: Nova Cultura, 1997. p.230.)
Mais adiante, o autor prossegue:
O fim de nossa instituição é o conhecimento das causas e dos segredos dos movimentos das coisas e a ampliação dos limites do império humano para a realização de todas as coisas que forem possíveis. Os preparativos e os instrumentos de que dispomos são os seguintes: possuímos amplas cavernas, com vários graus de profundidade. Chamamos a essas cavernas de regiões inferiores e usamo-las para todas as experiências de coagulação, endurecimento, refrigeração e de conservação dos corpos.
(Adaptado de: BACON, F. Nova Atlântida. São Paulo: Nova Cultura, 1997. p.245.)
Explique como Bacon trata a relação entre ciência e utopia.