No fragmento apresentado a seguir, Trasímaco, personagem do diálogo platônico A república, expõe para Sócrates, outro personagem do diálogo, sua posição sobre o justo e a justiça, o injusto e a injustiça.
“[...] E és tão profundamente versado em questões de justo e justiça, de injusto e injustiça, que desconheces serem a justiça e o justo um bem alheio, que na realidade consiste na vantagem do mais forte e de quem governa, e que é próprio de quem obedece e serve ter prejuízo; enquanto a injustiça é o contrário, e é quem manda nos verdadeiramente ingênuos e justos; e os súditos fazem o que é vantajoso para o mais forte e, servindo-o, tornam-no feliz a ele, mas de modo algum a si mesmos. E assim, ó meu simplório, basta reparar que o homem justo em toda a parte fica por baixo do injusto”. (PLATÃO. A república. Trad. Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1996, p. 32)
Em relação a esse posicionamento de Trasímaco, é CORRETO afirmar que: