A expansão territorial da “marcha para o oeste” significou a reocupação dos territórios de diversos povos nativos americanos, destruindo suas culturas, o meio ambiente e promovendo o extermínio progressivo de suas populações.

A “marcha para oeste” foi a realização do “destino manifesto” da população branca dos Estados Unidos. Essa doutrina afirmava que o país era predestinado por Deus a um glorioso propósito de ser uma grande nação. Com a difusão dessa ideologia, durante o século XIX, os povos nativos americanos foram integrados à sociedade pacificamente e conseguiram a cidadania e o acesso às suas terras ancestrais.

O território ocupado pela “marcha para o oeste” norte-americana durante o século XIX era, em sua maior parte, um vazio demográfico, visto que, durante os séculos XVI e XVII, as populações nativas haviam sido exterminadas de forma natural por meio de doenças por elas até então desconhecidas e para as quais não possuíam resistência imunológica, como o sarampo, a varíola e a gripe.

A “marcha para o oeste” foi um projeto racional desenvolvido pelo governo norte-americano durante o século XIX, com o objetivo de expandir o seu território nacional até o Oceano Pacífico. Nesse processo, não ocorreu prejuízo às populações nativas ou ao meio ambiente, pois o genocídio dos povos originários no continente americano foi um fenômeno restrito às colonizações empreendidas por metrópoles católicas, como Espanha e Portugal.

Os Estados Unidos da América, por ter sido uma colônia britânica, não conheceram nem a escravização, nem o extermínio dos povos originários nativo-americanos, pois, desde a Carta Magna, o Império Britânico reconhecia o direito à vida, à propriedade e à liberdade de todos os povos.