A greve [de 1917] está generalizada em toda a cidade. O comércio fechou, as ruas do centro estão desertas (...) Há tiroteios em todos os bairros proletários, desde o Brás até a Lapa. O delegado geral distribuiu aos jornais um boletim pedindo “ao povo pacífico se recolher a suas residências, pois vai manter a ordem, mesmo à custa de meios os mais enérgicos”. O movimento das ruas é, mesmo assim, enorme, pois toda a população se mistura, quer saber o que vai suceder nos bairros fabris do Brás, da Mooca, do Cambuci, do Bom Retiro, da Barra Funda, da Água Branca, da Lapa.
(Everardo Dias, História das lutas sociais no Brasil.)
CUSTO DE VIDA E ÍNDICES DE SALÁRIOS, 1914 – 1921
(Apud P. S. Pinheiro, O proletariado industrial na Primeira República, in B. Fausto, org., Hist. geral da civiliz. bras., v. 9.)
A partir das informações do texto e da tabela, é possível afirmar que