Questão
Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUC Campinas
2010
Fase Única
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A guilhotina, máquina criada para decapitar pessoas, foi adotada na França pela primeira vez em 1792, em razão dos apelos do médico parisiense Joseph Guilhotin, que defendia o direito dos condenados à morte a um fim rápido e sem dor.

Até então, os métodos de execução utilizados eram basicamente a forca, o esquartejamento e as diversas variantes do suplício da roda – como a que colocava uma pessoa amarrada na parte externa de uma roda e, sob ela, brasas incandescentes. Conforme o carrasco girava a roda, a pessoa era “assada” viva, diante da população que se reunia para ver a cena.

Com a propagação dos ideais iluministas, os suplícios passaram a ser, cada vez mais, encarados como uma afronta à dignidade humana, um símbolo da tirania. Assim, o século XVIII marca o início de um longo processo que resultará em uma nova concepção de justiça. No século XX, mais do que punir, a justiça terá como missão promover a reinserção na sociedade daqueles que cometeram crimes. As prisões tornaram-se locais que deveriam garantir a “reeducação” dos indivíduos que não souberam (ou não puderam) viver conforme as regras sociais.

(Michel Foucault. Vigiar e punir. Trad. Petrópolis: Vozes, 1989; Michel Vovelle. Imagens e imaginários na História. São Paulo: Trad. Ática, 1997. In Gislane Azevedo e Reinaldo Seriacopi. História, série Brasil. São Paulo:Ática, 2005, p. 256)

A propagação dos ideais iluministas revela-se como fator de influência sobre a nossa literatura, quando se atenta para
A
a propagação das academias literárias e sua decisiva participação nos projetos estéticos tanto do Romantismo como do Realismo.
B
a documentação em que manifestam sua preocupação com o destino de nossa terra os viajantes que para cá vieram nos séculos XVI e XVII.
C
os princípios estéticos e as convicções ideológicas de poetas e intelectuais como Tomás Antonio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa.
D
o sentido nacionalista da produção de Gonçalves de Magalhães e Castro Alves, enfatizado no tom épico de seus poemas e manifestos.
E
a insistência com que escritores satíricos do período barroco se empenham em ridicularizar a irracionalidade mesma do processo colonial.