A história da cultura brasileira é pontuada pelo “jeitinho brasileiro” e pela cordialidade, frutos da colonização portuguesa. Sérgio Buarque sugere que nossa cultura tem algumas singularidades, tais como: aversão à impessoalidade, forte simpatia e rejeição ao formalismo nas relações sociais. Tais singularidades se refletem no ordenamento da sociedade expresso no fragmento da música “Minha história” de João do Vale e Raimundo Evangelista, que trata da educação como base da estratificação social na sociedade burguesa.
E quando era noitinha, a meninada ia brincar.
Vige como eu tinha inveja de ver Zezinho contar: “o professor ralhou comigo,
porque eu não quis estudar” (bis)
Hoje todos são doutor,
E eu continuo um João Ninguém
Mas, quem nasce pra pataca
nunca pode ser vintém.
Ver meus amigos doutor basta pra mim sentir bem (bis)...
Fonte: João do vale; Chico Evangelista. Minha história. In: álbum, João do Vale. Rio de Janeiro: Sony, 1981.
Conforme a contribuição de Karl Marx sobre a análise da sociedade capitalista, os conceitos sociológicos expressos nessa música são