Questão
Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM
2018
Fase Única
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A história do futebol é uma triste viagem do prazer ao dever. Ao mesmo tempo em que o esporte se tornou indústria, foi desterrando a beleza que nasce da alegria de jogar só pelo prazer de jogar. Neste mundo do fim do século, o futebol profissional condena o que é inútil, o que não é rentável, ninguém ganha nada com esta loucura que faz com que o homem seja menino por um momento, jogando como menino que brinca com o balão de gás e como o gato que brinca com o novelo de lã: bailarino que dança com uma bola leve como o balão que sobe ao ar e o novelo que roda, jogando sem saber que joga, sem motivo, sem relógio e sem juiz. O jogo se transformou em espetáculo, com poucos protagonistas e muitos espectadores, futebol para olhar, e o espetáculo se transformou num dos negócios mais lucrativos do mundo, que não é organizado para ser jogado, mas para impedir que se jogue. A tecnocracia do esporte profissional foi impondo um futebol de pura velocidade e muita força, que impondo um futebol de pura velocidade e muita força, que renuncia à alegria, atrofia a fantasia e proíbe a ousadia.
 
GALENO,E. Futebol ao sol à sombra. Porto Alegre: L&PM, 1995.
 
O texto indica que as mudanças nas práticas corporais, especificamente no futebol,
A
fomentaram uma tecnocracia, promovendo uma vivência mais lúdica e irreverente.
B
promoveram o surgimento de atletas mais habilidosos, para que fossem inovadores.
C
incentivaram a associação dessa manifestação à fruição, favorecendo o improviso.
D
tornaram a modalidade em um produto a ser consumido, negando sua dimensão criativa.
E
contribuíram para esse esporte ter mais jogadores, bem como acompanhado de torcedores.