O historiador Georges Duby associa o aparecimento e as atividades dos grupos considerados heréticos como um sinal de vitalidade intelectual daquela época porque, na prática, representavam o questionamento a um sistema que se pretendia universal e homogêneo. Veja um trecho em que afirma tais ideias:
“A Idade Média foi o momento de um fervilhar de heresias no interior de um sistema homogêneo, que era o cristianismo. A Igreja preocupou-se em destruir esses desvios, e com violência. [...] O que ocorria, sobretudo, eram movimentos de resistência e revolta com relação às instituições eclesiásticas. E é nisso que as heresias, apresentadas sob um aspecto inteiramente negativo, constituem também um sinal de vitalidade daquela época, na qual fermentava, irreprimível, a liberdade de pensamento.” (p. 133)
A visão expressa no texto sobre o papel das heresias na Idade Média, permite-nos afirmar que: