Os historiadores ainda irão debater o fenômeno Pinochet por muito tempo, assim como ainda conservam opiniões conflitantes e apaixonadas sobre Júlio César ou Napoleão. (...) Sem dúvida o ex-ditador amava sua pátria. Ele estava verdadeiramente comprometido em fazer do Chile um país grande, poderoso e respeitado. De modo irônico, porém, quis fazê-lo excluindo os compatriotas que considerava inimigos políticos – a maioria do país. (...) Como todo personagem notável de um drama, Pinochet atingiu a vida de um número incontável de pessoas no mundo todo. Influenciou ou foi alvo de ações ou de políticas de Baltasar Garzón, Margaret Thatcher, Henry Kissinger, Jimmy Carter, Fidel Castro, Ronald Reagan, Leonid Brejnev, Milton Friedman e muitos outros.
(MUÑOZ, Heraldo. A sombra do ditador: memórias políticas do Chile sob Pinochet. Trad. Renato Aguiar, Rio de Janeiro: Zahar, 2010, p. 354, 362, 363)
Fidel Castro visitou o Chile e ofereceu apoio político durante o governo da Unidade Popular, na condição de