Questão
Universidade Federal de Uberlândia - UFU
2008
1ª Fase
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O homem e a morte

[...]

O homem já estava acamado
Dentro da noite sem cor.
Ia adormecendo, e nisto
À porta um golpe soou.

[...]

- Quem bate? ele perguntou.
- Sou eu, alguém lhe respondeu.
- Eu quem? torna. - A Morte sou.

[...]

Mas a porta, manso, manso,
Se foi abrindo e deixou
Ver - uma mulher ou anjo?
Figura toda banhada
De suave luz interior.

[...]

- Tu és a Morte? pergunta.
E o Anjo torna: - A Morte sou!
Venho trazer-te descanso
Do viver que te humilhou.
- Imaginava-te feia,
Pensava em ti com terror...
És mesmo a Morte? ele insiste.
- Sim, torna o Anjo, a Morte sou,
Mestra que jamais engana,
A tua amiga melhor.
[...]

Melhores poemas de Manuel Bandeira. Manuel Bandeira.

O trecho acima foi extraído do poema “O homem e a morte” que, segundo as concepções de gêneros e subgêneros literários 
A
é uma ode, forma poética medieval que incorpora a questão lírica ao gênero narrativo e remete a temas ligados à vida heróica. 
B
remete ao romance burguês, subgênero narrativo em que o herói se encontra sempre em tensão com a sociedade, que mostra as deficiências da burguesia como sistema social e econômico. 
C
atualiza o romance, forma literária medieval, em que a oralidade e a dramatização compõem uma poesia de caráter narrativo. 
D
é uma elegia, uma vez que apresenta um canto fúnebre em tom melancólico e lamentoso, que se aproxima do gênero didático-moralista.