O humor e o poder
Ao fazer do limão uma limonada, a personagem Alice Segretto se tornou uma das mais prestigiadas empreendedoras do ramo adulto e protagonista de uma das franquias mais populares e rentáveis do cinema brasileiro: De Pernas pro Ar. Sua intérprete, a atriz Ingrid Guimarães, não se conteve somente em ficar atrás das câmeras e – no terceiro filme da série – colaborou com o roteiro da nova produção.
A história de uma mulher que perde o chão, o emprego e o parceiro, que encontra o sucesso em uma jornada de ousadia, alegria e autoconhecimento, acaba servindo de exemplo para uma nova geração de mulheres que se orgulha de suas conquistas em um novo mundo de possibilidades.
Ingrid conversa com esse novo mundo por meio de uma história que poderia parecer clichê, a de uma mulher que abandona a carreira de sucesso para voltar a atenção à família. Mas que acaba com o orgulho ferido pelo surgimento de Leona (Samya Pascotto), uma garota inovadora que surge como possível concorrente nos negócios e na vida, já que passa a namorar seu filho. Só que, mais que mostrar duas mulheres competindo por holofotes e atenção, a artista dá o pulo do gato: com a colaboração de Samya e a direção de Júlia Rezende (a primeira diretora da franquia), Ingrid faz um filme que foge dos clichês, e traz novos conceitos de equidade para arrancar – mas com muito prazer – gargalhadas da audiência.
(Adaptado de: JANUARIO, Henrique. O humor e o poder. Revista Monet. São Paulo: nº 196, p. 36, jul. 2019).
Leia o texto a seguir.
“A história de uma mulher que perde o chão, o emprego e o parceiro, que encontra o sucesso em uma jornada de ousadia, alegria e autoconhecimento, acaba servindo de exemplo para uma nova geração de mulheres que se orgulha de suas conquistas em um novo mundo de possibilidades”.
No texto, a partícula “que” exerce, respectivamente, as seguintes funções.