A ideia de acabar com o presidencialismo e instituir no Brasil um regime semipresidencialista voltou a ser aventada em julho de 2021 por figuras importantes do Legislativo e do Judiciário. A ideia em si não é nova, mas a articulação em torno dela tem dado sinais de força. Há várias possibilidades de construção desse sistema, mas o mais comum é que o presidente seja eleito pelo povo, por voto direto, e nomeie um primeiroministro, que precisa ser aprovado pelo Congresso. Luciana Santana, doutora em ciência política e professora da Universidade Federal de Alagoas, descreve o semipresidencialismo como “sistema híbrido”, que importa características do presidencialismo e do parlamentarismo. “É um sistema que dá mais estabilidade para a representação de Estado, mas não significa que não haverá crise política”, ela adverte. Ricardo Ceneviva, doutor em ciência política e professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, explica que “a essência do parlamentarismo puro é a dependência entre Legislativo e Executivo e a essência do presidencialismo puro é a independência mútua, entre Executivo e Legislativo”.
(NEXO Jornal. Por que a ideia de semipresidencialismo reaparece no Brasil. 17/Jul/2021. Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2021/07/17/Por-que-a-ideia-desemipresidencialismo-reaparece-no-Brasil. Acesso em: 19/07/2021)
Considerando o texto, pode-se dizer que a principal característica do semipresidencialismo é