No início do século XVI, além do ouro pilhado, o bem mais precioso que os espanhóis poderiam dispor era o trabalho das comunidades indígenas. Durante a fase de organização da ocupação, em terras firmes, preponderou a encomienda. Esta foi a primeira forma institucionalizada de trabalho e reunia aspectos da tradição senhorial ibérica com os costumes tributários pré-hispânicos. As encomiendas eram concedidas como um usufruto aos primeiros colonizadores, uma recompensa por serviços prestados ao rei. O tratamento dispensado pelos encomendeiros e o ritmo de trabalho imposto aos índios, conjugado a falta de defesas imunológicas às doenças introduzidas pelos europeus, resultaram em um declínio populacional acentuado. Diante da queda demográfica, a Coroa se viu obrigada a proteger, reforçar ou mesmo criar mecanismos de preservação das comunidades que se constituíam na única garantia de recrutamento de trabalhadores.
NEUMNN, Eduardo. Trabalho na América espanhola: salário, servidão e escravidão. Associação Nacional de Pesquisadores e Professores de História das Américas. Disponível em: http://anphlac.fflch.usp.br/trabalho-america-espanhola apresentacao
Sobre o trabalho na América Ibérica, no período da Colonização, pode-se afirmar corretamente que,