No início do século XX, uma doença chegou ao Brasil a bordo de navios vindos da Europa. A gripe espanhola, como ficou conhecida a explosão pandêmica de uma mutação particularmente letal do vírus H1N1, matou dezenas de milhares de pessoas no país e cerca de 50 milhões no mundo inteiro. A "influenza hespanhola" paralisou a economia e desnudou a precariedade dos serviços de saúde. Disputas políticas e atitudes negacionistas de médicos e governantes potencializaram o massacre, que vitimou sobretudo os pobres. Iludida por estatísticas maquiadas e falsas curas milagrosas, a população ficou à mercê do vírus até o súbito declínio da epidemia, no começo de 1919.
Apresentação ao livre A Bailarina da morte, de Lilia Moritz Schwarcz e Heloisa Murgel Starling. Blog da Cia das Letras. Disponível em https://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=45774
A gripe provocada pelo vírus H1N1 ficou conhecida como “gripe espanhola”