A introdução da projeção de Arno Peters, em 1973, no rol já extenso das projeções cartográficas e o apelo ideológico que a envolveu – em razão de uma discutível e pouco científica divulgação de suas propriedades intrínsecas – ensejaram inevitável polêmica entre os usuários de mapas, em particular os daqueles veiculados recentemente nos livros didáticos, atingindo geógrafos e professores. Estabeleceu-se uma espécie de condenação, estranha e preconceituosa, a outras projeções cartográficas, principalmente àquela dita de Mercator (Gerhard Kramer, 1569), acusada de tendenciosa e de ser a favor do colonialismo europeu e norte-americano.