Em janeiro de 2022, o espancamento e assassinato do refugiado congolês Moïse Mugenyi Kabagambe em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, foi destaque no noticiário internacional pela violência do ato e pelo motivo fútil que levou à morte de Kabagambe: ter cobrado duas diárias de trabalho que não havia recebido. O episódio evidencia várias questões atualmente presentes na sociedade brasileira: o uso da violência na mediação de questões sociais, a redução de políticas trabalhistas e sociais, a precarização das relações de trabalho e a intolerância com refugiados abrigados em solo brasileiro. A história do trabalho no Brasil é marcada pela violência e pela ausência de direitos desde o período colonial. Foi somente no século XX, durante a República, que foram criadas leis e mecanismos formais de defesa dos trabalhadores. A respeito das relações de trabalho no Brasil durante o período republicano, assinale o que for correto.
01) O cooperativismo e o sindicalismo de reforma estão entre as ações iniciais dos trabalhadores brasileiros nas primeiras décadas do período republicano.
02) Apesar de haver avanços relativos à obtenção de direitos trabalhistas e sociais na Primeira República, os trabalhadores foram proibidos de fundar, participar e dirigir partidos políticos naquele período.
04) O trabalhismo, movimento que avançou fortemente na década de 1930, foi caracterizado pela autonomia de organização dos trabalhadores e sindicatos, bem como pela inexistência de mecanismos de controle e repressão por parte do Estado brasileiro.
08) Na década de 1930, o Brasil contou com duas Constituições: a de 1934, caracterizada como uma Carta que lançou as bases de uma Legislação Trabalhista no país; e a de 1937, que se notabilizou pelo distanciamento e pela não intervenção estatal nas questões trabalhistas e sociais.
16) Durante a Primeira República, segmentos organizados de trabalhadores lutaram para a obtenção simultânea de direitos sociais e políticos, pois compreendiam que os primeiros só estariam garantidos na medida em que os trabalhadores tivessem capacidade de representação política.