O jornal Folha de São Paulo introduz com o seguinte comentário uma entrevista recente (8.12.88) com o professor Paulo Freire:
”A gente cheguemos" não será uma construção gramatical errada na gestão do Partido dos Trabalhadores em São Paulo.
Os trechos da entrevista nos quais a Folha se baseou para fazer tal comentário foram os seguintes:
- A criança terá uma escola na qual a sua linguagem seja respeitada ( . . . ) uma escola em que a criança aprenda a sintaxe dominante, mas sem desprezo pela sua.
- Esses oito milhões de meninos vêm da periferia do Brasil (...). Precisamos respeitar a (sua) sintaxe mostrando que sua linguagem é bonita e gostosa, as vezes é mais bonita que a minha. E, mostrando tudo isso, dizer a ele: ”Mas para tua própria vida tu precisas dizer 'a gente chegou' (em vez de 'a gente cheguemos). Isso é diferente, [a abordagem] é diferente. É assim que queremos trabalhar, com abertura, mas dizendo a verdade.
Responda de forma sucinta:
a) Qual é a posição defendida pelo Professor Paulo Freire com relação a correção de erros gramaticais na escola?
b) O comentário do jornal faz justiça ao pensamento do educador? Justifique a sua resposta.