Questão
Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos - ENCCEJA
2017
Fase Única
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A língua é a nacionalidade do pensamento como a pátria é a nacionalidade do povo. Não é obrigando-a estacionar que hão de manter e polir as qualidades que porventura ornem uma língua qualquer; mas sim fazendo que acompanhe o progresso das ideias e se molde às novas tendências do espírito.

Criar termos necessário para exprimir os inventos recentes, assimilar-se aqueles que, embora oriundos de línguas diversas, sejam indispensáveis, e sobretudo explorar as próprias fontes, veios preciosos onde talvez ficaram esquecidas muitas pedras finas, essa é a missão das línguas cultas e seus verdadeiros classicismos.

Quanto à frase ou estilo, também não se pode imobilizar quando o espírito, de que ela é expressão, varia com os séculos de aspirações e hábitos. Sem o arremedo vil da locução alheia e a imitação dos estrangeiros devem as línguas aceitar algumas novas maneiras de dizer, graciosas e elegantes, que não repugnem a língua aceitar algumas novas maneiras de dizer, graciosas e elegantes, que não repugnem ao seu gênio e organismo.

ALENCAR, J. Língua e progresso. In: CARDOSO, W.; CUNHA, C. Português através de textos: estilística e gramática histórica. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1978 (adaptado).

De acordo com o texto, para sua preservação e sobrevivência, a língua deve acompanhar o progresso. A respeito dessa dinâmica nas formas de expressão das línguas, o autor considera que
A
a imitação da linguagem de outros povos garante o desenvolvimento da nação.
B
os neologismos válidos para a preservação da língua são os oriundos do próprio idioma.
C
as palavras antigas são desnecessárias na língua corrente porque pertencem a outra época.
D
as inovações no vocabulário devem ser aceitas para que a língua expresse a nacionalidade do povo.