No livro As origens do totalitarismo, Hannah Arendt argumenta que o totalitarismo não pode ser estudado com base em nenhum outro sistema político desenvolvido até então. A autora procura não só descrever o processo do totalitarismo e as suas origens, procura também analisar os fenómenos que o desencadearam e que tornaram possível a sua adoção no seio da sociedade. Em função da importância que Hannah Arendt adquiriu para as Ciências Sociais, o Dicionário de Política, organizado por Norberto Bobbio, assim a lembra:
Segundo Hannah Arendt, o Totalitarismo é uma forma de domínio radicalmente nova porque não se limita a destruir as capacidades políticas do homem, isolando-o em relação à vida pública, como faziam as velhas tiranias e os velhos despotismos, mas tende a destruir os próprios grupos e instituições que formam o tecido das relações privadas do homem, tornando-o estranho assim ao mundo e privando-o até de seu próprio eu.
Na concepção da autora, o totalitarismo pode ser entendido como