Foi reforçada pela crise e pela desagregação do bloco de países socialistas. Nesse contexto, substituiu a anterior regionalização, típica da guerra fria, que refletia a oposição entre o Leste socialista e o Oeste capitalista.

Trata-se de uma divisão regional em um Norte e um Sul metafóricos ou geoeconômicos, que, desse modo, não correspondem aos hemisférios norte e sul do planeta, estabelecidos pela linha do equador.

Admite as descontinuidades espaciais, pois agrupa áreas e países em função de traços econômico-sociais semelhantes, independentemente do continente onde se localizam.

Representa a espacialização das desigualdades econômico-sociais, que vêm sendo produzidas pela mundialização do capitalismo desde a expansão das fronteiras do comércio no princípio do século XVI.

Trata-se de uma regionalização que resulta da história natural do nosso planeta, da separação operada pela natureza entre porções líquidas (oceanos e mares) e partes sólidas (continentes e ilhas).