Questão
Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUC Campinas
2016
Fase Única
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De um modo geral, todos esses movimentos da vanguarda europeia de fins do século XIX e início do século XX estavam sob o signo da desorganização do universo artístico de sua época. A diferença é que uns, como o futurismo e o dadaísmo, queriam a destruição do passado e a negação total dos valores estéticos presentes; e outros, como o expressionismo e o cubismo, viam na destruição a possibilidade de construção de uma nova ordem superior. No fundo eram, portanto, tendências também organizadoras de uma nova estrutura política e social. 

(TELES, Gilberto Mendonça, Vanguarda europeia e modernismo brasileiro. Rio de Janeiro: Vozes, 1972, p. 10)

Muitos artistas de vanguarda contestavam os valores que haviam marcado a chamada belle époque, período em que, na Europa,
A
a burguesia havia substituído a aristocracia no poder, rejeitando o eurocentrismo e os rituais de distinção social em prol de seu modo de vida baseado na valorização do trabalho.
B
o clima de otimismo e a crença no progresso contínuo propiciado pelo suposto avanço da cultura e da civilização se viram abalados pela eclosão da Grande Guerra.
C
as revoltas proletárias ameaçavam o clima de "estabilidade" do mundo burguês, despertando o pronto apoio dos artistas e intelectuais, que assumiram a causa operária e criaram um rótulo irônico − bela época − para denominar essa fase de tensões.
D
a sociedade burguesa buscava ser mais cosmopolita e democrática, como se vê na publicidade e na art nouveau, aderindo a novos modelos de comportamento e sociabilidade inspirados pelo american way of life e os padrões de consumo de massa.
E
a perspectiva de uma sociedade mais humana, marcada pelas luzes, pelos valores burgueses e pela noção de evolução constante havia motivado experiências sociais como a Comuna de Paris.