No momento da unificação, em 1860, estimou-se que não mais de 2,5% de seus habitantes falassem a língua italiana no dia a dia. O resto falava idiomas de tal forma diferentes, que professores enviados pelo Estado italiano para a Sicília, nessa época, foram confundidos com ingleses. Provavelmente uma percentagem bem maior, mas ainda uma modesta minoria, teria se sentido naquela data como italianos. Não é de se admirar que Massimo d’Azeglio (1792-1866) tivesse exclamado: “Fizemos a Itália, agora precisamos fazer os italianos”.
Adaptado de HOBSBAWM, Eric. A Era do Capital – 1848-1875. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.
Para a consolidação dos Estados europeus em fins do século XIX, não foram suficientes as revoluções.
A frase “Fizemos a Itália, agora precisamos fazer os italianos” indica a necessidade de ações efetivas por parte do Estado, tais como: