Em novembro de 1517, toda a Europa era cristã – havia mais de um milênio, no sul e no centro, com os últimos vestígios das velhas religiões, nos países bálticos, apagados no século 14. Todos os aspectos da vida, incluindo a formação da família, o sexo, a alimentação e as guerras seguiam as orientações dos papas — e, isso, mesmo quando mandavam envenenar os adversários e levavam suas amantes para dentro do Vaticano, como o infame Alexandre VI, que havia reinado até 1504. O papa atual, Leão X, da família Médici, era acusado de farra e sodomia. A ele se atribuía a frase “Já que Deus nos deu o papado, vamos aproveitar!”.
Mas, mesmo quando as lideranças religiosas não davam bons exemplos, quase ninguém pensava a sério em romper com a Igreja. O que se discutia, fazia mais de 200 anos, era realizar reformas, sem rupturas radicais. (EM NOVEMBRO...2017. p. 29).
O cristianismo marcou profundamente a formação da sociedade ocidental em seus diversos aspectos, sejam socioeconômicos, políticos ou culturais, como se pode inferir na