A rota mais antiga e principal das migrações povoadoras da América foi a do Estreito de Bering, que ao se congelar à época da última glaciação teria permitido a passagem de humanos por volta de 12 mil anos atrás, aproximadamente.

A inexistência de esqueletos humanos diferentes do tipo Homo sapiens e a ausência de restos de grandes primatas fósseis no continente americano indicam a impossibilidade de uma evolução autóctone do homem ter se dado na América.

A tese da migração humana da Ásia para a América por meio da passagem pelo Estreito de Bering é contestada pelas descobertas arqueológicas em Lagoa Santa, MG, uma vez que o mais antigo esqueleto brasileiro conhecido, Luzia, teria lá vivido entre 40 e 50 mil anos atrás.

Outra hipótese que chegou a ser considerada, mas que repousa em bases arqueológicas muito frágeis, é a do povoamento transatlântico por volta de 12 mil anos a.C. de humanos provenientes da Europa. Outra igualmente questionável hipótese de povoamento transatlântico menciona influxos migratórios provenientes da África.

Estudos linguísticos reforçam a ideia de um povoamento heterogêneo em diversas ondas, provenientes tanto da Ásia como da Austrália, da Melanésia e da Polinésia, o que explicaria como teria se formado no continente americano as duas mil e seiscentas línguas, de diversos grupos linguísticos, encontradas à época da conquista europeia no século XVI.