Questão
Provão de Bolsas Estratégia
2020
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O olho humano é um órgão extremamente complexo; atua como uma câmera, coletando, focando luz e convertendo a luz em um sinal elétrico traduzido em imagens pelo cérebro. Mas, em vez de um filme fotográfico, o que existe aqui é uma retina altamente especializada que detecta e processa os sinais usando dezenas de tipos de neurônios.

O olho humano é tão complexo que sua origem provoca discussão entre criacionistas e defensores do desenho inteligente, que o têm como exemplo básico do que chamam de complexidade irredutível: um sistema que não funciona na ausência de quaisquer de seus componentes e, portanto, não poderia ter evoluído naturalmente de uma forma mais primitiva. Mesmo Charles Darwin admitiu em A origem das espécies, de 1859 – que detalha a teoria da evolução pela seleção natural –, que pode parecer absurdo pensar que a estrutura ocular se desenvolveu por seleção natural. No entanto, apesar da falta de evidências de formas intermediárias naquele momento, Darwin acreditava que o olho evoluíra dessa maneira.

O registro fóssil revela que durante a explosão cambriana surgiram basicamente dois tipos diferentes de olhos. O primeiro parece ter sido composto da versão observada atualmente em quase todos artrópodes (insetos, crustáceos e aracnídeos). Nesse tipo de olho, uma série de unidades idênticas de geração de imagens – cada uma constitui uma lente ou um refletor – irradia luz para alguns elementos sensíveis a ela, denominados fotorreceptores. Os olhos compostos são muito eficazes para animais de pequeno porte, pois oferecem um amplo ângulo de visão e resolução espacial moderada em volume pequeno.

No entanto, olhos compostos são impraticáveis em animais maiores, pois o olho teria de ser enorme para proporcionar visão em alta resolução. Assim, com o aumento do tamanho do corpo, também aumentaram as pressões seletivas favorecendo a evolução do olho tipo câmera. Nos olhos tipo câmera, todos os fotorreceptores compartilham uma única lente que foca a luz e estão dispostos como uma lâmina que reveste a superfície interna da parede ocular.

A fascinante evolução do olho. Scientific American Brasil. Disponível em: https://sciam.uol.com.br/a-fascinante-evolucao-do-olho/ Acesso em 07/06/2020.

Os olhos permitem que nós enxerguemos o mundo: suas cores, formas físicas e belezas. Dentre tantas outras coisas, nos ajudam a definir nossas percepções,
sentimentos e até, por que não, quem somos. Não é à toa que a visão, a sua principal função, é também um dos sentidos mais valorizados por nós.

Considerando o funcionamento do olho humano, é correto afirmar que:
A
A imagem atravessa a córnea e a luminosidade do ambiente é regulada por meio de uma abertura chamada íris.
B
A imagem chega ao cristalino, uma estrutura flexível que a acomoda e focaliza na lente, chamada retina.
C
A lente do olho produz uma imagem invertida, e a retina a converte para a posição correta
D
Na retina, mais de cem milhões de bastonetes e cones transformam as ondas luminosas em imagens coloridas e em preto e branco, respectivamente.
E
Por trás do olho localiza-se o nervo óptico, responsável por conduzir os impulsos elétricos até o cérebro para que sejam interpretados.