Em uma passagem do poema Os lusíadas (canto X, 89) de Luís de Camões (1525- 1580), brilharam os astros. Um belo exemplo da influência do pensamento científico nas artes. O Sol é descrito poeticamente como O claro olho do céu e a Lua, no verso final da estrofe, aparece sob a denominação de Diana:
Debaixo deste grande firmamento,
Vês o céu de Saturno, deus antigo;
Júpiter logo faz o movimento,
E Marte abaixo, bélico inimigo;
O claro olho do céu, no quarto assento,
E Vênus, que os amores traz consigo;
Mercúrio, de eloqüência soberana;
Com três rostos, debaixo vai Diana.
Nesta bela e curiosa estrofe, os astros aparecem em versos sucessivos. Essa passagem revela que: