“Na península grega, no início do século V a. C., surgiu um grupo de indivíduos, muitos deles barbudos, que eram livres, de um modo singular, do desejo de status que atormentava os seus contemporâneos. Esses filósofos não se deixavam perturbar pelas consequências psicológicas e materiais de uma posição humilde na sociedade; permaneciam calmos diante de insultos, desaprovação e penúria. Quando Sócrates viu uma pilha de ouro e joias sendo levada em procissão pelas ruas de Atenas, exclamou: “Veja quantas coisas existem que não quero”.
Quando Alexandre, o Grande, passou por Corinto, visitou o filósofo Diógenes e o encontrou sentado sob uma árvore, vestido com trapos, sem nenhum dinheiro em seu poder. Alexandre, o homem mais poderoso do mundo, perguntou se ele podia fazer alguma coisa para ajudá-lo. “Sim”, respondeu o filósofo, “se puder, saia do caminho. Está bloqueando a luz.””
(BOTTON, Alain de. Desejo de status. Porto Alegre: L&PM, 2013, p. 112-113.)
Considerando este relato histórico acerca da atitude filosófica, é CORRETO afirmar: