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Empunhando um lança-chamas, Margaret Atwood mira um livro, de sua própria autoria. A chama jorra do cano, o volume permanece intacto. Com esse vídeo, a editora Random House faz publicidade para a edição limitada, à prova de fogo, de uma de suas publicações mais famosas. O conto da aia é uma distopia na tradição do Admirável mundo novo, de Aldous Huxley. Ao lançá-la em 1985, a escritora canadense criou um mundo em que fanáticos religiosos assumem o controle dos Estados Unidos através de um golpe, fundando Gilead, um Estado em que mulheres não têm mais qualquer direito. Em 2017, a história virou uma premiada série.
Segundo a American Library Association, O conto da aia é uma das publicações proibidas com mais frequência nas escolas dos E.U.A. O banimento e a destruição de livros incômodos estão intimamente ligados à história humana: o que está escrito é mais duradouro do que o que se conta; assim, há séculos, há quem veja nos textos não apenas uma fonte de saber, mas também de ameaça – até hoje.
Adaptado de dw.com, 07/06/2022.
Em formato de livro e série televisiva, O conto da aia tornou-se conhecido em diversos países. A edição do livro à prova de fogo está relacionada às polêmicas que provocou, de acordo com a reportagem.
Identifique um aspecto da distopia, destacado na reportagem, que se associa à sua proibição em escolas estadunidenses. Em seguida, apresente um contexto histórico do século XX em que livros tenham sido queimados por motivos políticos.