O poema, diferente do texto anterior, foi escrito após a Primeira Guerra Mundial e na iminência da segunda.
Para a construção de sua mensagem, Carlos Drummond de Andrade utiliza-se, dentre outros, de um recurso estilístico denominado de
A
antítese, observável em “Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços” (v. 3) em oposição a “não cantaremos o ódio, porque este não existe” (v. 4).
B
personificação, comprovável em “existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro” (v. 5), em que uma sensação ganha papéis atribuídos ao ser humano.
C
gradação, perceptível em “o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas” (v. 7), uma vez que a ideia de amplidão aparece em ordem crescente.
D
pleonasmo, presente em “cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte.” (v. 9) em virtude da repetição da mesma ideia com outras palavras.
E
metonímia, visível em “e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.” (v. 11), em que o uso de uma parte, “amarelas e medrosas”, substitui o todo, “flores”.