A poesia no Romantismo brasileiro seguiu várias .
correntes. O texto I, do poeta maranhense Gonçalves Dias, representa uma delas.
Texto I
Canção do exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
[...]
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
DIAS, A. G. Nossos Clássicos: Gonçalves Dias. São Paulo: Agir, 1969.
A poesia do Modernismo brasileiro desdobrou-se em várias tendências. O texto II, do poeta C. Drummond de Andrade, representa uma delas.
Texto II
Nova canção do exílio
Um sabiá
na palmeira, longe.
Estas aves cantam
Um outro canto.
[...]
Só, na noite,
seria feliz:
um sabiá,
na palmeira, longe.
Onde é tudo belo
e fantástico
só, na noite,
seria feliz,
(Um sabiá,
na palmeira, longe)
Ainda um grito de vida e voltar
para onde é tudo belo
e fantástico
a palmeira, o sabiá,
o longe.
ANDRADE, C.D. A rosa do povo. Rio de Janeiro: José Olympio, 1945.
Com base nos movimentos literários e no estilo de cada autor, preservando o contexto, correlacione os versos sublinhados do Texto I aos versos sublinhados do Texto II e responda:
a) Como se manifesta o sentimento de nacionalismo do eu lírico em cada texto?
b) Levando em conta que a pontuação atua na expressividade da construção estilística do texto literário, qual o sentido produzido pelos sinais de pontuação (parênteses e vírgulas) nos versos destacados na 3ª estrofe do texto II?