Uma porta bateu na cozinha. Ela não se assustou. Passados alguns minutos, pensou que quem tivesse chegado demorava a aparecer. É você, Filó?, gritou. Não houve resposta. Pediu que o recém-chegado se aproximasse. Nada. Esperou mais um pouco. Queria manter-se tranquila, mas o medo vinha chegando. A essa hora só podia ser mesmo a Filó. Mas por que não respondia? Talvez não tivesse ouvido quando perguntou se era ela. Não ia perguntar de novo. De que adiantaria? Sentou-se na cama para recuperar o fôlego, a respiração agora alterada. Parecia ouvir alguns passos, mas podia ser só imaginação. Que angústia era aquela? Não havia motivo pra tanto.
(Maria Tecoara, inédito)
É correto o seguinte comentário: no trecho narrativo acima,