A respeito das práticas religiosas do mundo colonial, o antropólogo e historiador Luiz Mott afirma:
“Muitos são os colonos processados pelo Tribunal da Fé que honestamente disseram ignorar que os exercícios de piedade por eles praticados constituíam desvio do Ritual Romano e matéria do conhecimento da Santa Inquisição. Não apenas rústicos vaqueiros e tabaréus do sertão, devotos dos disputados patuás e bolsas de mandinga, mas também doutos sacerdotes reinóis resvalavam neste terreno dúbio que separa as devoções aprovadas daquelas consideradas delituosas”.
(Luiz MOTT. “Cotidiano e vivência religiosa: entre a capela e o calundu”. In: Laura de Mello e SOUZA (org.). História da vida privada no Brasil: cotidiano e vida privada na América portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1997, p. 196.)
Com base no texto e no conhecimento sobre as práticas religiosas no mundo colonial, é correto afirmar: