O preconceito linguístico se baseia na crença de que só existe uma única língua portuguesa digna deste nome e que seria a língua ensinada nas escolas, explicada nas gramáticas e catalogada nos dicionários. Qualquer manifestação linguística que escape desse triângulo escola-gramática-dicionário é considerada, sob a ótica do preconceito linguístico, “errada”, feia, estropiada, rudimentar, deficiente, e não é raro a gente ouvir que “isso não é português”.
(Adaptado de: BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. 48. ed. São Paulo: Loyola, 1999, p. 40.)
Sob o ponto de vista do autor do texto, considere as seguintes afirmativas:
1. As pessoas que discriminam quem fala “pranta” e não “planta”, “borso” e não “bolso”, por exemplo, desconsideram que a língua portuguesa é composta por inúmeras variedades.
2. As pessoas que moram em Curitiba falam corretamente, pois têm uma boa pronúncia, como acontece com a letra “e”, por exemplo, no final da palavra “leite”.
3. As pessoas têm modos próprios de falar dependendo das condições concretas em que se encontram, e isso contribui para a riqueza da língua portuguesa.
4. As pessoas que não frequentaram a escola não sabem falar corretamente, porque não puderam aprender a gramática da língua portuguesa.
Assinale a alternativa correta.