O primeiro grande modelo de teoria psicológica da linguagem que temos na modernidade é o Livro III do Ensaio acerca do entendimento humano, de John Locke. Pela primeira vez na modernidade, temos um livro inteiro dedicado ao processo de significação linguística. O argumento lockeano é: a necessidade que temos de entrar em acordo, de nos entendermos, leva à necessidade de criarem-se signos sensíveis capazes de comunicar nossos pensamentos, nossas ideias. Se fôssemos dotados de alguma faculdade que possibilitasse o acesso direto e imediato às ideias nas mentes de outros homens, não seria necessária a linguagem.
(Lúcio Lourenço Prado. Filosofia da linguagem, 2012. Adaptado.)
O argumento lockeano mencionado tem implicações no âmbito