Em primeiro lugar, devemos dizer que o conjunto de técnicas que possibilitam a transgenicidade são chamadas de engenharia genética. A engenharia fundamenta-se na física de Newton e, como tal, suas técnicas têm precisão e previsibilidade de leis universais, o que não é o caso das técnicas de transplante e inserção de genes. Mas, para inspirar respeito e segurança no mercado, elas recebem a denominação errônea de engenharia genética. A qualidade nutricional dos alimentos da engenharia genética pode ser diminuída e sua absorção ou metabolismo no homem podem ser modificados. Novas proteínas que causam reações alérgicas podem entrar nos alimentos. As pessoas normalmente sabem quais os produtos que as afetam. Entretanto, com a transferência dos alergênicos de um produto para o outro, perde-se a identificação, e a pessoa só vai descobrir o que lhe fez mal após a ingestão do alimento perigoso. Cientistas usam genes antibiótico-resistentes para selecionar e marcar os organismos modificados. Tais genes podem diminuir a efetividade de alguns antibióticos em seres humanos e nos animais. (…) O debate mal começou, mas as empresas do setor já estão gastando bilhões de dólares em tecnologia e recursos humanos, em uma corrida para renovar a produção de milho, soja e outros produtos, inclusive farmacêuticos.
Revista do CREA-RJ, 2000.
Baseando-se no texto e no que se refere ao risco à biodiversidade, representado pelos transgênicos, o evento mais significativo é