Questão
Universidade Federal do Piauí - UFPI
2008
Fase Única
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“Nos primeiros séculos o Brasil foi essencialmente açúcar e o Nordeste, o espaço colonial por excelência. Pois embora ao tempo de Martim Afonso de Sousa já se houvessem erguido engenhos em São Vicente, o centro de produção açucareira não ficaria no Sul. (...) A denominação engenho, específica daquela “máquina e fábrica incrível” de fazer açúcar, passou, com o tempo, a toda propriedade açucareira, com suas terras e lavouras. O Engenho era o coração da produção, somente ele dava sentido ao mar de canaviais do litoral nordestino.” 

(FERLINI, Vera Lúcia Amaral. Terra, trabalho e poder. São Paulo: Brasiliense, 1988). 

Sobre a sociedade açucareira no Brasil colonial, é incorreto afirmar que: 
A
a sociedade colonial era extremamente simples: de um lado, os proprietários de terras e escravos, senhores da produção; do outro, os trabalhadores do campo, escravizados ou semi-livres. 
B
os grupos de elite se dividiam internamente: senhores de engenho, que produziam a cana e fabricavam o açúcar, e lavradores de cana, que apenas produziam a matéria-prima para o fabrico do açúcar. 
C
o grupo conhecido como “lavradores de cana” era formado por uma gama variada de colonos, desde grandes proprietários de terras e escravos até pequenos roceiros que se aventuravam no negócio do açúcar. 
D
alguns trabalhadores eram livres nos engenhos de açúcar, principalmente os mais qualificados; no entanto, trabalhar próximo a escravos, mesmo sendo uma atividade bem remunerada e qualificada, era sempre considerado algo aviltante. 
E
as funções especializadas, como a de mestre-de-açúcar e purgador, perdem prestígio, no Brasil colônia, à medida que mulatos e negros passam a ocupá-las.