O prognóstico de Agamben é que a pandemia reforçaria a passividade social, dominada pelo pânico. O medo de morrer sustentaria a prioridade da sobrevivência, o que aniquilaria a possibilidade de agência e resistência. Mas não foi o que aconteceu. Basta lembrar as revoltas nos Estados Unidos depois do assassinato de George Floyd ou,
no Brasil, a mobilização de entregadores de comida via aplicativo e organização das comunidades periféricas para conseguir aquilo que o Estado não supre.
Yara Frateschi. Repensar as Utopias. Entrevista à Revista Cult. Setembro de 2020. Ano 23. Edição 261, p. 9.
Segundo o texto, a mobilização social, mesmo em contexto da pandemia, representa: