Os próprios senhores de engenho eram uns gulosos de doce e de comidas açucaradas. Houve engenho que ficou com o nome de “Guloso”. E Manuel Tomé de Jesus, no seu engenho de Noruega, antigo dos Bois, vivia a encomendar doces às doceiras de Santo Antão; vivia a receber presentes de doces de seus compadres. Os bolos feitos em casa pelas negras não chegavam para o gasto. O velho capitão-mor era o mesmo que menino por alfenim e cocada. E como estava sempre hospedando frades e padres no seu casarão de Noruega, tinha o cuidado de conservar em casa uma opulência de doces finos.
(Gilberto Freyre. Nordeste: aspectos da influência da cana sobre a vida e a paisagem do Nordeste do Brasil.)
Ao tratar do consumo de doces no período colonial, o texto