Uma questão da medicina contemporânea é a avaliação dos riscos envolvidos nas muitas opções de usos das radiações ionizantes para a produção de imagens internas do corpo humano, que muito tem colaborado com a consolidação dos diagnósticos. Um problema que se mostrou desafiador foi estabelecer a correlação entre a absorção de radiação e seus efeitos biológicos. Ao longo da história, foram utilizadas diversas formas de mensurar a dose de absorção de radiação pelo corpo humano, com destaque para as medidas que levam em conta fatores atenuantes relativos ao efeito biológico da dose efetivamente absorvida pelos tecidos. Atualmente a unidade de medida utilizada que reflete essa abordagem é o Sievert (Sv), que mostra a quantidade de energia absorvida por cada quilograma de massa, ou seja, 1 Sv = 1 J/kg. O uso atual dos equipamentos emissores de radiação ionizantes segue diversas normas e limites de segurança determinados cientificamente. Para cada caso específico, a determinação da dosimetria adequada configura um problema.

Uma equipe de médicos planeja um estudo de acompanhamento do desenvolvimento de doenças pulmonares em trabalhadores de minas de urânio. Para isso, precisaria realizar periodicamente exame de imagem na região torácica dos trabalhadores. O melhor acompanhamento seria obtido com a maior quantidade de exames de tomografia; porém cada exame expõe o paciente a uma dose de 7 mSv de radiação, e existe um limite anual máximo de dose absorvida permitido para o corpo do trabalhador. Alternativamente, a equipe poderia utilizar exames de raios-X, os quais expõem o paciente a uma dose de 600 μSv. A tabela apresenta valores de referência de dose de radiação:

Levando-se em conta todos esses dados, a equipe concluiu que o estudo que levaria ao melhor acompanhamento, respeitando-se o limite anual máximo de dose absorvida pelo trabalhador, deveria ser feito com