A questão a seguir refere-se a uma passagem da Bíblia Sagrada (“Primeira Epístola do Apóstolo Paulo aos Coríntios”) e a uma canção do grupo Legião Urbana, intitulada “Monte Castelo”.


Legião Urbana - Monte Castelo
Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.
É só o amor, é só o amor.
Que conhece o que é verdade.
O amor é bom, não quer o mal.
Não sente inveja ou se envaidece.
O amor é o fogo que arde sem se ver.
É ferida que dói e não se sente.
É um contentamento descontente.
É dor que desatina sem doer.
Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.
É um não querer mais que bem querer.
É solitário andar por entre a gente.
É um não contentar-se de contente.
É cuidar que se ganha em se perder.
É um estar-se preso por vontade.
É servir a quem vence, o vencedor;
É um ter com quem nos mata a lealdade.
Tão contrário a si é o mesmo amor.
Estou acordado e todos dormem todos dormem todos dormem.
Agora vejo em parte. Mas então veremos face a face.
É só o amor, é só o amor.
Que conhece o que é verdade.
Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.
Da leitura dos textos acima, depreende-se que a canção “Monte Castelo”, do grupo Legião Urbana retoma dois outros gêneros textuais consagrados como a “Primeira Epístola do Apóstolo Paulo aos Coríntios” e o soneto de Camões. Para os compositores de “Monte Castelo”