“Se quisermos lançar novos alicerces para a vida urbana, cumpre-nos compreender a natureza histórica da cidade e distinguir, entre as suas funções originais, aquelas que dela emergiram e aquelas que podem ser ainda invocadas. (...) Somente se pudermos projetar essa imagem, seremos capazes de encontrar uma nova forma para a cidade”.
MUNFORD, Lewis. A cidade na história, p. 9/10.
No que concerne a história das cidades no decurso do mundo ocidental, podemos afirmar que
I. No contexto grego, a cidade política chamava-se polis; buscava-se a autarcia, garantia de liberdade e autonomia e o rural não se opunha ao citadino.
II. Resultado de um único centro urbano de poder, o império romano, foi uma “empresa construtora de cidades”, deixando a marca de Roma em diversas partes da Europa, da África do Norte e da Ásia Menor.
III. No medievo ocidental, o mosteiro era uma espécie de polis; a colônia monástica era uma nova cidadela e mantinha viva a imagem da cidade celestial.
IV. No contexto do século XVIII e XIX, os principais elementos do complexo urbano foram a fábrica, a estrada de ferro e o cortiço. Constituíam em si mesmos, a cidade industrial. A fábrica se torna o núcleo do novo organismo urbano.