Questão
Universidade Estadual do Ceará - UECE
2020
2ª Fase
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A refilmagem, deste ano, do clássico personagem “Coringa” provocou discussões sobre seus significados no plano sociopolítico. Analisando as várias versões inspiradas no HQ da DC Comics, Fabrício Moraes descreve o Coringa como o id, o impulso destrutivo e caótico, mas também criativo e artístico. Batman seria o superego, o juiz punitivo e ordenador da cidade, o arquétipo do guardião que afronta e interpõe limites a um território. O Coringa seria a face da comédia, Batman não se livra da face da tragédia. Neste sentido, o filme Coringa nos mostraria que o aspecto lúdico só tem pleno sentido se coexiste com a vida da sobriedade. Coringa e Batman são indissociáveis. 



Ver: MORAES, Fabrício. ‘Coringa’: A raiva de Caliban por se ver no espelho. In Revista Amálgama. Disponível em: https://www.revistaamalgama.com.br/10/2019/resenha coringa/. 2019. 

Considerando a análise acima, é correto dizer que está amparada teoricamente  

A
na noção estético-moral de Nietzsche em O nascimento da tragédia, onde ordem e caos se equilibram e fazem nascer o humano: Coringa e Batman são indissociáveis como Dionísio (loucura) e Apolo (razão). 
B
na teoria política marxista, que concebe as relações sociais mascaradas pela ideologia de classe, o que necessariamente provoca o conflito social: Coringa e Batman são representações da luta de classes. 
C
na definição de arte dos filósofos gregos como Aristóteles, cuja ideia fundamental era a de mímesis, ou seja, de imitação ou representação da realidade: Coringa e Batman são representações do ser e do não ser. 
D
na concepção moral agostiniana, na qual o bem e o mal, o pecado e a graça, a cidade dos homens e a cidade de Deus coabitam no interior de cada indivíduo: Coringa e Batman são representações dessa contradição.