As religiões africanas resistiram tenazmente e continuam a resistir. E não só ao proselitismo das várias formas de cristianismo e islamismo, mas também ao tratamento discriminatório e até mesmo às perseguições a que foram submetidas pelas administrações coloniais e, em vários países, pelos governos que se seguiram às independências e que as identificavam como fatores de atraso. Se perderam força nas grandes cidades, elas continuam, porém, vigorosas nas aldeias. E há aquelas pessoas que, frequentando a igreja, não deixam de fazer sacrifícios nos altares tradicionais. Além disso, tanto o cristianismo quanto o islamismo apresentam-se muitas vezes africanizados e a conviver tolerantemente com as demais crenças.
(Alberto da Costa e Silva. A África explicada aos meus filhos, 2008. Adaptado.)
Ao mencionar as “administrações coloniais”, o texto refere-se