O repartimiento de indios foi estabelecido em meados do século XVI como regime de trabalho compulsório baseado na transferência do excedente de produtos e serviços sob os auspícios de um funcionário real – o corregedor de indios – em substituição ao regime de encomienda.

O repartimiento de indios ou encomienda foi um regime de trabalho compulsório que, diferentemente da escravidão reservada aos africanos, garantia aos ameríndios um serviço digno com pagamento em espécie ou em produtos ao final de cada período.

O repartimiento de indios e a encomienda assemelharam-se ao regime de trabalho escravo, marcados pela violência e pela opressão, distintos apenas pelo fato de, nesses regimes, os ameríndios serem retirados em pequenos grupos de suas comunidades.

O repartimiento de indios e a encomienda foram os principais tipos de regime de trabalho compulsório ao longo dos três séculos de conquista e colonização espanhola, sendo o primeiro implantado por Cristóvão Colombo e o segundo por Hérnan Cortez.

O repartimiento de indios ou encomienda, com suas obrigações de tributos e de serviços, sustentava-se em regimes de reciprocidade anteriores à chegada de Colombo, que não foram modificados durante a história da América Colonial, ainda que submetidos ao controle espanhol.